22 julho 2008

o Acordo

Está feito e é irremediável. O Acordo Ortográfico que vai mudar a nossa forma de escrever já não tem nenhuma barreira que o possa impedir de se tornar uma realidade, e bem rápido. Despeçam-se de regras, de certezas e de raízes centenárias em nome de uma suposta globalização, e facilidade (ou facilitismo?) de expansão. Será mesmo isso que nós queremos? Ou serei só eu que acho que a grande diferença entre os portugueses daqui e de outros lados está não na sua ortografia, mas nas expressões próprias das culturas onde se desenvolveram? E que são, talvez, a nossa maior herança e riqueza?
Eu por cá prefiro continuar a escrever mal o meu bom português milenar. Chamem-me conservador.

(e, nem sequer vamos ter a audácia de ser nós a lucrar verdadeiramente com isto)

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