Um novo logo que tenho vindo a desenvolver para uma marca de roupa masculina clássica e actual. Críticas aceitam-se e recomendam-se!
25 julho 2008
festival DÍNAMO
"A música exploratória pode ser vista como qualquer prática musical que procura estender os limites da sua expressão, muitas vezes desafiando qualquer definição e convenção. Esta engloba um conjunto variado de práticas distintas desde a improvisação à música electrónica."
Um fim-de-semana de surpresas, em Barcelos. Estarei por lá.
23 julho 2008
nem vem que não tem
Gostava de dizer que não sou necessariamente contra um Acordo Ortográfico, mas explicitamente contra este. Aliás, alguns dos objectivos inerentes a uma reforma deste género podem, de facto, ser muito vantajosos não só para a promoção da língua portuguesa no mundo como, de arrasto, para toda a cultura e economia associada aos países onde se pratica esta língua. O que me deixa de pé atrás é o critério escolhido.
Como se sabe, este Acordo parte de um critério fonético, e não etimológico. Sucintamente, se até agora o principal elemento estruturador da escrita eram as raízes etimológicas, com a entrada em vigor deste Acordo passa-se, grosso modo, a 'escrever como se fala'. Digo, grosso modo, porque de facto o critério não é transversal a toda a escrita, permite duplas ortografias em vários casos, e até se contradiz em algumas das regras que impõem. Parece-me, este, um princípio bastante duvidoso, não só do ponto de vista da necessária coerência e unidade da língua, assim como na sua aplicação prática. Como poderão escolher, então, os organismo oficiais, a melhor forma de redigir os seus documentos? É simplesmente indiferente?
Entre um critério unificador duvidoso, ou a existência de duas grafias claramente definidas, a segunda hipótese parece-me claramente mais interessante. Até porque, com a mesma grafia, ou não, existirão sempre expressões próprias da cultura de cada país ou região; e essas, sim, podem ser um obstáculo à compreensão daquilo que se pretende transmitir, mas constituem simultaneamente uma riqueza felizmente inevitável.
Não me preocupa a mudança de hábitos ou paradigmas, mas sem dúvida que exijo critérios muito bem justificados na sua aplicação. Perante as regras questionáveis deste Acordo, a sensação que me abala é a de uma oportunidade perdida, ao bom modo português. Temos uma língua imensa e fantástica, não nos podemos dar ao luxo de a reformar com tantas incertezas. Tenho a sensação de que esta será uma daquelas reformas de que nos viremos a arrepender daqui a uns anos, por certo tarde de mais.
E acima de tudo, o que está em causa não é um português de Portugal, do Brasil, ou de qualquer outro PALOP. O que está em causa é o melhor português possível. E em prova da minha boa vontade, aqui fica um exemplo de bom uso da língua portuguesa, sugestão do Câmara Clara.
Wilson Simonal - Nem vem que não tem
22 julho 2008
o Acordo
Está feito e é irremediável. O Acordo Ortográfico que vai mudar a nossa forma de escrever já não tem nenhuma barreira que o possa impedir de se tornar uma realidade, e bem rápido. Despeçam-se de regras, de certezas e de raízes centenárias em nome de uma suposta globalização, e facilidade (ou facilitismo?) de expansão. Será mesmo isso que nós queremos? Ou serei só eu que acho que a grande diferença entre os portugueses daqui e de outros lados está não na sua ortografia, mas nas expressões próprias das culturas onde se desenvolveram? E que são, talvez, a nossa maior herança e riqueza?
Eu por cá prefiro continuar a escrever mal o meu bom português milenar. Chamem-me conservador.
(e, nem sequer vamos ter a audácia de ser nós a lucrar verdadeiramente com isto)
14 julho 2008
l'avventura
'a che servono ormai le cose belle, quanto durano?'
em l'avventura os diálogos não são especialmente profundos, a acção é muitas vezes inconsequente, as personagens arriscam até uma certa leviandade nas atitudes que tomam... Antonioni parece indeciso entre a vontade de inovar na narrativa ou explorar os cenários únicos onde filma. Aclamada por muitos, desprezado por outros tantos, não deixa de ser um clássico.
E quem resiste a um clássico italiano?
trailer
L'avventura . 1960 . Michelangelo Antonioni